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A mostrar mensagens de julho, 2010

Metáforas

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Fechada a porta ao amanhã... Clausura de inocência Liberto a asa que no levante se ergue alta E o espelho onde se olha o cego Reflecte as belas cores que ele nunca verá. Explosão de silêncio... Acontecido o murmúrio de um beijo. Aqui, além, agora, já, os demónios gritam! Gritam... Pelo desejo desse beijo que não foi Fantasmas que esvoaçam à altura dos sonhos Desses sonhos tão perfeitos, tão singelos, tão redondos... Sonhos daqueles de quem nunca sonhou...! Espera-se... o encanto... Espera-se... a demora da espera...  O antes de algo... que depois vai embora...! E enquanto tanto tempo... O poeta deita-se nos enquantos demorados da vida Olha a porta aberta Inventa uma janela para a maresia Sente o fulgor a cessar, o vento a soprar, É tempo de soltar amarras, abrir velas e zarpar. É que, O Marinheiro ao leme decifra a ilusão do espanto...! Quanto mais próximo o poeta se navega, pensa ou revela Mais distante fica a nitidez do seu olhar. Quando se afigura à sua frente a perfeição...