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Estás aí?

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Estás aí? Quase toquei a tua mão outra vez... Noctívaga e colorida... Durante toda a noite Estiveste ali, à minha frente Inteira e sorridente Como em tantos instantes De paisagens que já foram... Foi um sonho, eu sei! Foi uma imagem de ti Transportada para o meu mundo interior... Espectro do desejo Voz rompendo o silêncio Do tempo que passou Em que negando Disse o contrário do que estava a sentir.. Mas a verdade... A verdade... É que durante todo esse tempo Estiveste sempre em algum lugar de mim Onde te guardei, preciosa e viva, em segredo Como uma história plena de energia E o sentir... aquele... mágico e sublime... que só tu conhecias Esse, esteve sempre aqui... Fui eu que, para sobreviver, fugi. Fugi de mim mesmo Quando não encontrei outro lugar para estar Fugi e neguei-me assim À musa bela e delirante Numa confusa forma de lutar... Metáfora atrás de metáfora Deambulei e perdi A agridoce ternura Que bebia Só por te saber aí.    Embr...

Vislumbre...

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    Disseste-me, há décadas atrás Que a folha vazia sob a mesa Era o teu pesadelo E eu ri-me... pensando-te louco... Dizias, nesse tempo Que a liberdade que procuravas, fervorosamente livre, excelsa e simples Era talvez, a epifania suprema... Com que sonhavas poderes ser mais do que tu mesmo... Alcançando o protótipo quimérico de um amor reinventado Ou de algo que, naquele momento, não entendi muito bem... Lembro-me de te ouvir falar sobre o silêncio E sobre a dor indefinível que te inundava o sangue E sobre o assobio agudo ao ouvido pronunciando-te palavras indizíveis de desilusão... Por descobrires mais tarde Que o castelo que construías Tinha fundações frágeis feitas de ilusão e utopia... Ouvi-te, atento, falares com nostalgia Dos sonhos que tinhas por cumprir De todos os livros que tinhas para escrever E das palavras, todas elas, cheias e repletas, essas palavras que te nasciam nos dedos Como água nas fontes... E que te deixavam num estado de euforia breve... Nesse espa...