Inebriante

Garden Garment acrylic on wood, 40"x32", Duy Huynh A pele Só a pele bastaria Mas há também o perfume Essa mescla de vida em intensidade E a expressão Sublime Os passos Num caminhar dançante Subtileza de garça Entre as ervas da fantasia À procura de sonhos Perante ti Nada mais a existir Nada mais a procurar Toda tu preenches Os espaços infinitos E o tempo explode O tempo torna-se ridiculamente vazio Sem medida... Deliro Vejo cores em frequências impossíveis de enxergar Bebo dos teus lábios Macios, frutados, faiscantes E apaziguo-me na levedura da sensação Os sentidos em febril eloquência Despertam, endoidecem, hiperbolizam-se São maiores que o seu tamanho São sem tamanho Inebriante Tu és o meu tempo no espaço És a direcção irreal na arquitectura impossível do amanhã. Pedro Barão de Campos.